A paisagem, enquanto conceito abstrato que representa a relação entre o homem, a natureza e território que ocupa, encerra em si múltiplas realidades temporais e espaciais, as quais se materializam por marcas mais ou menos evidentes. Ruínas, toponímias ou gastronomias, são diversas as formas que podemos discernir numa leitura desatenta sobre a paisagem.
À arquitetura paisagista, enquanto disciplina que assume a paisagem como seu objeto de trabalho, cabe a capacidade de criar um código de leitura das relações topológicas e corológicas que um lugar estabelece, compreendendo e interpretando as suas singularidades estéticas, bem como os processos biofísicos e ecológicos que aí decorrem. A partir dessa leitura, o arquiteto paisagista fica munido de um manancial de informação que lhe permitirá intervir de forma sustentada, recorrendo à arte como o espectro através do qual formalizar-se-á um novo extrato temporal, num processo de construção contínua do espaço humanizado.
O processo de leitura e interpretação constitui uma aprendizagem gradual, no qual se vai apurando e refinando os mecanismos necessários para que se consiga discriminar o acessório do fundamental.
O contacto com diferentes realidades culturais, agrícolas, ecológicas ou sociais sempre constituiu um passo fundamental na formação pessoal e profissional de diversas gerações: desde a expedição portuguesa de 1877 à África Central e Meridional, liderada por Alexandre de Serpa Pinto, o Grand Tour promovido pela aristocracia britânica, ou, mais recentemente os interails feitos pelos jovens europeus são exemplos dessa constante procura por novas realidades. E tal como nos exemplos supramencionados, a experiência que o Master di Architettura del Paesaggio UPC/ACMA constitui um processo de convivência, de estudo e de interpretação, de que o presente book constitui um relato pessoal. Da peneplanície alentejana, com o montado de sobro e o porco preto, à planície padana, com os seus campos intensamente cultivados e uso minucioso da água, passando pela cidade de Lisboa, com o Tejo e a Baixa Pombalina e por Sorrento, no notável Golfo de Nápoles, foram diversas as latitudes que pude conhecer pela primeira vez, sempre sob a orientação de pessoas cujas sensibilidades sobre a forma como se vê a paisagem permitiram aprofundar a minha formação.
Este book, mais que a reunião de um conjunto de experiências individualizadas, procurará retratar o subsequente processo de aprendizagem, como que um “diário de bordo” cujos relatos expressam desde logo a mais subjetiva apreciação estética da Capela de Chiaravalle, à mais imparcial leitura do Vale de Alcântara.
À arquitetura paisagista, enquanto disciplina que assume a paisagem como seu objeto de trabalho, cabe a capacidade de criar um código de leitura das relações topológicas e corológicas que um lugar estabelece, compreendendo e interpretando as suas singularidades estéticas, bem como os processos biofísicos e ecológicos que aí decorrem. A partir dessa leitura, o arquiteto paisagista fica munido de um manancial de informação que lhe permitirá intervir de forma sustentada, recorrendo à arte como o espectro através do qual formalizar-se-á um novo extrato temporal, num processo de construção contínua do espaço humanizado.
O processo de leitura e interpretação constitui uma aprendizagem gradual, no qual se vai apurando e refinando os mecanismos necessários para que se consiga discriminar o acessório do fundamental.
O contacto com diferentes realidades culturais, agrícolas, ecológicas ou sociais sempre constituiu um passo fundamental na formação pessoal e profissional de diversas gerações: desde a expedição portuguesa de 1877 à África Central e Meridional, liderada por Alexandre de Serpa Pinto, o Grand Tour promovido pela aristocracia britânica, ou, mais recentemente os interails feitos pelos jovens europeus são exemplos dessa constante procura por novas realidades. E tal como nos exemplos supramencionados, a experiência que o Master di Architettura del Paesaggio UPC/ACMA constitui um processo de convivência, de estudo e de interpretação, de que o presente book constitui um relato pessoal. Da peneplanície alentejana, com o montado de sobro e o porco preto, à planície padana, com os seus campos intensamente cultivados e uso minucioso da água, passando pela cidade de Lisboa, com o Tejo e a Baixa Pombalina e por Sorrento, no notável Golfo de Nápoles, foram diversas as latitudes que pude conhecer pela primeira vez, sempre sob a orientação de pessoas cujas sensibilidades sobre a forma como se vê a paisagem permitiram aprofundar a minha formação.
Este book, mais que a reunião de um conjunto de experiências individualizadas, procurará retratar o subsequente processo de aprendizagem, como que um “diário de bordo” cujos relatos expressam desde logo a mais subjetiva apreciação estética da Capela de Chiaravalle, à mais imparcial leitura do Vale de Alcântara.
